quinta-feira, 28 de abril de 2011
Acuso-te porque fizeste
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Saudade...
Do que nunca vivi, mas esperei...
Do que não dei valor, mas percebi passar...
Da lembranças nunca vividas;
Dos apegos despercebidos;
Dos valores infantis;
Da beleza singela;
Do brilho simples;
Do esperar sem confirmação;
Do olhar para o nada;
Da esperança desatenta;
Do simples toque de apoio;
Dos amigos que se foram;
Do arriscar prudente;
Do senso de limites sem compromissos;
Saudades do que espero viver e não vejo a hora de chegar;
Saudades do que sentirei, abraçarei, amarei...
Saudades... Saudades... Saudades...
Enquanto tão grande e bela saudade se realiza, sonho com a doce vontade de vivê-lo.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Sou o próximo
Esta é a primeira vez que viajo sem pensa pra onde ir...
Mas também é a primeira vez que tenho um motivo para voltar.
È acho que eu tinha razão.
Nós somos mais fortes juntos, e assim, vamos encontra um ao outro.
O meu mundo se chama Vida de solidão, mas minha mente é mina casa agora
É um lugar tão bom quanto qualquer outro universo.
E é assim que permanecerá.
sábado, 2 de abril de 2011
Transformação pelo fogo
Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo, o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.
Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo do que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.
Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém.
A história dos macacos
Um grupo de cientistas colocou cinco macacos em uma jaula. No meio da jaula, uma escada, e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia na escada para pegar as bananas, um jato de água fria era acionado em cima dos que estavam no chão.
Depois de um certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros pegavam-no e enchiam-no de pancada. Com mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas.
Então, os cientistas substituíram um dos macacos por um novo. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo já não mais subia a escada.
Um segundo macaco, veterano, foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado e o mesmo ocorreu. Um quarto e, afinal, o último dos veteranos, foram substituídos.
Os cientistas, então, ficaram com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse pegar as bananas. Se possível fosse perguntar a algum deles por que batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria:
"Não sei, mas as coisas sempre foram assim por aqui..."